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Solidariedade e sustentabilidade

Solidariedade e sustentabilidade são dois temas indissociáveis. É evidente que para que o mundo seja sustentável é necessário que, além de todas as preocupações ambientais, também haja o sentimento de solidariedade entre as pessoas. A lógica do maior acúmulo possível por alguns, enquanto muitos não têm acesso aos bens mais elementares, compromete a proposta de sustentabilidade.

Por Márcio Rosa da Silva

Solidariedade e sustentabilidade são dois temas indissociáveis. É evidente que para que o mundo seja sustentável é necessário que, além de todas as preocupações ambientais, também haja o sentimento de solidariedade entre as pessoas. A lógica do maior acúmulo possível por alguns, enquanto muitos não têm acesso aos bens mais elementares, compromete a proposta de sustentabilidade.

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Entretanto, só é solidário aquele que consegue ser primeiro compassivo, que tem compaixão pelo outro, ou seja, que sente a mesma paixão, a mesma dor, o mesmo sofrimento, que o outro. Ou que pelo menos tenta. Fazendo alguma idéia das privações do outro é possível que a pessoa seja também solidária, que reparta um pouco do que tem, abra mão de uma parte daquilo que possui.
Foi isso que um jovem nazareno chamado Jesus fez, há uns dois mil anos, na Palestina. Vendo as multidões teve compaixão delas, curou suas doenças, ensinou-lhes acerca do Reino de Deus e repartiu o pão e o peixe que dispunha. O milagre da multiplicação só aconteceu quando o pão foi repartido.

O mundo produz alimento suficiente para todas as pessoas, mas ainda há pessoas que morrem de fome ou estão muito mal alimentadas. O mundo ainda não aprendeu o significado de repartir. Ainda que boa parte das pessoas se declare cristã, ainda não foi aprendida uma das lições mais básicas ensinadas pelo jovem revolucionário do amor: solidariedade. Ainda somos egoístas.

Além de não querermos repartir, desperdiçamos. Quanta comida é jogada fora, mal aproveitada, esbanjada, pelos mais variados motivos. Como queremos ser sustentáveis se não reciclamos, não reaproveitamos, não impedimos o desperdício? Vibro quando vejo instituições ensinando donas de casa a fazer doces e outras guloseimas com casca de melancia, casca de abacaxi, semente de abóbora e outros. Se tudo mesmo fosse aproveitado haveria fartura, todos estariam bem alimentados e ainda sobraria alimento.

Muito antes de os ambientalistas apaixonados de hoje gritarem contra o desperdício, aquele outro jovem, a quem chamavam de Cristo, deu ordens para que nada fosse desperdiçado. Depois de repartir o pão e alimentar a muitos, mandou as sobras serem recolhidas para que nada se perdesse. Para que outros fossem alimentados com o alimento que havia sobrado. Quem diria que há dois mil anos já havia alguém preocupado com sustentabilidade?

Acredito mesmo que ainda hoje é possível multiplicar os pães e os peixes, multiplicar o alimento e os recursos necessários para uma vida digna para todas as pessoas. Seguindo as duas atitudes tomadas por aquele ambientalista chamado Jesus: repartir e não desperdiçar. Ser solidário e comprometido com a sustentabilidade. Se o mundo todo tivesse aprendido essa lição, aqui seria o que se poderia chamar de paraíso.